quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Minha Primeira Tatuagem

E aí galerinha? Tudo beleza? É uma pena que vocês não podem responder ): Trouxe hoje um assunto interessante: tatuagens! Não acredito que ainda tem gente que acredita que quem tatua o corpo vai para o inferno E como só tenho uma tatuagem até neste momento, vou lhe contar sobre ela que é uma história interessante. Fazer a primeira tatuagem requer coragem, tanto para a dor, tanto para a decisão de ficar com aquele desenho no seu corpo para o resto da vida. E a aceitação dos pais e no trabalho. Porém, como sou maior de idade, meus pais não ligaram muito. Como é uma tatuagem pequenininha, ninguém encheu o saco, com uma pulseira posso escondê-la se for o caso de um emprego futuro que não me veja com bons olhos por ter tatuagem. E... Como fui eu que paguei com meu dinheiro, ninguém teve o que reclamar mesmo. E eu sempre achei tatuagens pequenas e criativas muito lindas nos locais como dedos e pulso. Só que nunca pensei em tatuar o corpo, porém, algo me chamou a atenção em uma delas logo que bati os olhos nela e disse: "É essa que eu vou fazer!". Agora, me dê imagens produção, imagens da minha tattoo:

O Resultado no meu pulso

Minha amiga fez três tatuagens no ano de 2014, época que também fiz a minha e ficou insistindo para que eu também fizesse já que eu mostrava esse meu gosto por tatuagens para ela. Assim que achei o desenho perfeito, ela também quis fazer a tatuagem porque tem muito a ver com nosso curso de Rádio e TV. Cíumenta, sim tenho muito cíumes do meu curso e das coisas relacionadas a ele, não sei porque decidi que iria tatua-la primeiro, só que teria que ter coragem e pensar muito se eu queria aturá-la até no meu cadáver. E durante esse tempo não vi nada de errado e marcaria esse momento de faculdade e meu estágio na TV local na Edição de Vídeos. E a tattoo tem muito a ver com a edição, com o Adobe Premier que é o programa onde usamos essas teclas direto para editar vídeos. Tudo soou como um sinal verde para assim que recebesse, fosse até o estúdio onde já tinha planejado com o tatuador e decidisse enfrentar a dor da minha primeira tatuagem.

Olha lá que lindinha no meu pulso (:

Estava meio indecisa no dia. O tempo havia fechado e precisava chegar em casa porque estava sem guarda-chuva. Depois de sair do trabalho, fui me consultar numa clínica que ficava perto. E em minha mente, pensei: se não chover, vou fazer a bendita da tatuagem. E não choveu! Cheguei no estúdio decidida a fazê-la. Bem na hora que o tatuador começou a pintar o desenho minha mãe ligou para saber onde eu estava e avisar que minha amiga estava lá em casa esperando por mim. Então conversei com ela dizendo que estava sendo tatuada no exato momento e que dava para escutar o barulhinho da agulha. A sensação era de ser pintada fortemente por uma caneta de ponta fina. Nada de choro ou desespero, é uma dor que posso dizer que é suportável no local que decidi, meu pulso. Não demorou e nem saiu caro pelo tamanho da tatuagem. A recomendação do tatuador era que eu comprasse uma pomada específica para cicatrizar e que deixasse o local isolado em um plástiquinho até dar o tempo certo. Ao chegar em casa, minha mãe e minha amiga ficaram adimiradas com minha decisão. Mas tudo ocorreu Ok. Também por ela ser pequena, cicatrizou logo. Para mim, ela representa meu amor pelo meu curso e mais especificamente pela área da edição, que é a área em que mais me destaquei no curso.

Foi essa imagem que me fez querer tatuar

E é isso aí. Recomendo que pensem muito bem antes de fazer uma, pois você vai ficar com ela em todas as etapas de sua vida e nessas etapas pode ser que não goste mais do desenho ou símbolo tatuado e sinta vergonha dela. Veja se não é uma coisa momentânea. Pense na reação dos seus pais e nos seus futuros empregos - infelizmente o preconceito ainda existe. - Estude o local e se a dor no local é uma coisa suportável para si. Varia de pessoa para pessoa. Nem que isso demore um tempo, porque depois desse tempo passado você pode descobrir se ainda tem a mesma vontade de tatuar o local como tinha antes e não ter possíveis arrependimentos. Quanto a mim, penso em fazer mais tatuagens sim, pequenininhas e criativas, mas estou nesse processo de aceitação de ideia e do desenho, até porque estou satisfeita com uma só neste momento. Até a próxima, galera. 0/

Um tchauzinho da minha mão rabiscada da zoeira na faculdade
e uma mensagem muito linda escrita nela:"Não risque a mesa, risque sua mão" Rossa, Jéssica.

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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Rápido que dá tempo: Sem Asas reestreia em 2015

Sem Asas reestreia em 2015!

Rápido que dá tempo. Assim que terminei de fazer o cartaz da nossa peça, nada melhor do que divulgar em todos os lugares possíveis, até colado na cesta de lixo serve, para que possamos lotar a Casa da Cultura. E o melhor: é de graça! Se caso você more em Campo Largo ou em Curitiba, o que eu acho difícil alguém ler isso até às 20h e 30min do dia 17 e 16h do dia 18 de outubro... Mas tudo bem não custa nada tentar. É o meu blog e eu posto o que eu quero. 


A peça estreou em outubro de 2014 e agora reestreia com novos atores e atrizes e com os antigos também, eu por exemplo, continuo sendo a borboleta má e metida-besta ostentando meu figurino vermelho e preto. É inspirada na série Rá-Tim-Bum da Tv Cultura, escrita por César Cavelagna. Para quem não viu, eu fiz um post da peça de 2014 onde fomos entrevistados pela Tv Transamérica, onde eu trabalhava na edição dos vídeos e é só clicar aqui, que você vai ver.

Segue algumas fotos dos bastidores o evento:

Maria toda contente (:

Lisie após o pancake

A diretora também fez questão de ajudar com o
cabelo da galera.

Eu com a maquiagem de borboleta pronta.
E muito laque no cabelo.


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Minha principal inspiração: Emilie Autumn

Dicas de Alice #2: Emilie Autumn

Foi buscando algo relacionado à Era Vitoriana que a descobri. Chamou-me atenção pelo seu cabelo vermelho e estética de boneca de época. Emilie Autumn me encheu os olhos só pelo visual e claro, fui pesquisar mais sobre ela. E de início fui cair direto na biografia dela. Não tem como não falar dela e falar de problemas mentais como depressão e bipolaridade, que para ela tem sido uma de suas grandes inspirações para suas obras. E por isso tem sido meio controverso falar dela. Porém eu a amei, descobri que ela é violinista nata, cantora, compositora, dançarina burlesca, escritora (de poemas e livros), atriz (de teatro e cinema), amante de grandes artistas como Shakespeare(tem até uma canção, Opheliac, em homenagem a uma das personagens dele Ofélia que se suicidou afogando-se num lago), Lewis Carroll, Nigel Kennedy e Freddie Mercury. E não para só por aí, ela é a artista mais criativa que já conheci (claro que não pessoalmente), sempre dá um jeito de unir tudo.



Músicas:

Suas músicas são bem teatrais, certamente poucos gostarão de ouvir, com direito a gritos, vozes mais suaves, sussurros e a canto de óperas; é um misto de músicas clássicas/barrocas com elementos de música eletrônica, o violino de Emilie é o elemento principal de maioria das músicas, chega até lembrar a Lindsey Stirling, só que as músicas de Emilie Autumn variam muito no estilo: têm instrumentais, musicas para dançar, rir, chorar, se apaixonar, desabafar, brincar, protestar, sonhar com num conto de fadas, se vingar... Ela mesma chamou seu estilo musical de Victoriandustrial, pelos elementos eletronicos de música industrial e erúditos da Época Vitoriana.
Dentre os mais conhecidos temos seu álbum Enchant(2003) - onde ela se vestia de fada e tinha cabelo cor-de-rosa e castanho, cantando músicas mais líricas, neoclassicas e celtas com o tema de conto-de-fadas, este é o mais leve e ethereal deles. Depois, ela passou por uma crise com  seus problemas e sua família e anunciou um álbum mais chocante, Opheliac(2006) que fala sobre doenças mentais e problemas, contando a história presente em seu livro inspirado em sua vida sofrida. Teve direito a gritos, toques mais pesados, ela pintou o cabelo de vermelho e exagerou na maquiagem preta como uma bonequinha gótica-vitoriana. Depois dessa fase, onde ficou mais conhecida, chegou o Fight Like a Girl(2012), que lançou até um videoclipe com esse mesmo nome, com uma temática mais esperançosa, vingativa e poderosa de seu livro, o visual de Emilie se tornou mais burlesco com cores mais apagadas e sujas e seu cabelo platinado. Emilie também possui álbuns instrumentais onde dá um show com o violino e alguns toques eletrônicos: On a Day... (2000) e Laced / Unlaced (2007).
Não é recomendável a quem ouve Luan Santana e/ou algo do gênero.

 

Teatro e danças:

Em sua fase Opheliac, os seus shows ganharam performances teatrais e burlescas com a companhia das moças talentosas chamadas de Bloody Crumpets que tinham habilidades circences, além de dançarem e atuarem no palco beijando Emilie na boca numa forma de comédia, quase um stand-up comedy. As Bloody Crumpets tinham nomes relacionados às personagens de seu livro e muitas deixaram o palco e entraram outras novas. O palco era recheado de elementos que lembravam um hospício vitoriano, com cupcakes, xícaras com chá, relógios, ratinhos e portões; tudo com um encanto de Alice no País das Maravilhas. Por lá se desenrolavam as atuações e canções. Para quem não sabe, performances burlescas possuem uma espécie de strip-tease onde a dançarina ficava só com adesivos nos seios e uma calcinha fofa, o que Emilie por vezes fazia no palco. O show já esteve no Brasil no fim de 2012 em São Paulo e no Rio. Tem também a Trupe do The Devil's Carnival, uma peça em que foi convidada a participar, que atua como Bonequinha pintada, expulsa do céu por estar quebrada, juntando-se com o povo do circo no inferno controlado pelo capeta e aprontando todas. Ela voltou a estar em cartaz com essa peça a partir de setembro de 2015. Foi nessa peça que Emilie conheceu seu príncipe, o ator Marc Senter (que inclusive interpreta seu par romântico na peça, o Escorpião), e mesmo não tendo confirmado se é namoro ou amizade, ele está sempre a acompanhando em tudo e fazendo da vida da nossa garota bem mais doce. Ele atuou até no videoclipe Fight Like a Girl numa cena de beijo com Emilie suuuper fofa. Parceiro de altas confusões.

Bonequinha Pintada, personagem tão Emilie.

 

Cinema:

Emilie teve poucas participações no cinema, porém contribui com coisas que qualquer fã não esquece e por mais que pequena, nos obrigavamos a assistir os filmes só para ter o prazer de ver seu talento mostrado nas telinhas.
O maior deles sem dúvida foi o filme da Trupe The Devil's Carnival onde depois de um tempo como teatro, virou filme. E Emilie atuava sempre como a lendária personagem Bonequinha Pintada. Outra participação lembrada dela foi na trilha sonora do filme Jogos Mortais II com as músicas "Organ Grinder" (instrumental) e "Dead is the New Alive" (mais radical e cantada). No filme 11.11.11 ela é uma figurante youtuber que fala sobre a teoria do número 11 em um dos vídeos em que o personagem principal está assistindo, tudo bem rapido; ocorreu na Era Opheliac onde ela usava seu cabelo vermelho berrante. Também na Era Opheliac ela participou do videoclipe da Banda de música industrial Die Warzau, Born Again - que coragem dela! - numa cena de sexo lésbico, totalmente sem roupa! Eu adoro ficar vendo esse video, não sei pq. Acho que pq é polêmico. Não pense besteira. Ver sua ídola pelada é tipo nossa!

 

Livro e poemas: 

Ok, aposto que, se leram até aqui, ficaram curiosos para saber qual é esse livro que tenho falado tanto que serve de base para as letras de músicas, danças e teatros encenados por ela. E que é baseado na vida conturbada dela que chegou a ser abandonada num hospício. Este livro se chama Hospício para Garotas rebeldes Vitorianas (Asylum for Wayward Victorian Girls) e infelizmente não tem no Brasil, não tem em português e é caro. É caro por possuir ilustrações da própria Emilie e ser bem colorido num tamanho grande. Mas é essencial para todo Plague Rat. - que é como ela chama seus fãs, ratos pestulentos, isso mesmo, mas que tem bom sentido para ela baseando-se no livro -  Não tenho e quero ter. O livro fala sobre uma personagem chamada Emily, uma adolescente ruíva com uma cicatriz em forma de coração logo abaixo do olho, que vivia em Londres na Época Vitoriana abandonada em um hospício para mulheres cheio de médicos malucos, ratos falantes amigáveis, fotógrafo bonitão, pacientes cômicas (ai que entram as Bloody Crumpets) o ursinho Sofredor(cor-de-rosa com remendos), remédios e muito chá. Tudo escrito com muito sarcasmo e sangue nas páginas. Emilie também lançou um livro reunindos seus poemas - que também se baseavam no livro, os quais ela os lê em voz alta em seus shows ao som leve de seus músicos. Alguns deles são: Two Masks, Dreams, I Didn't Mean You, Space, I Cried for You...

 

Estilosa:

Em questão de estilo, Emilie sempre foi minha inspiração, desde criança dizem que ela sempre foi muito criativa até no visual. Na capa do CD Enchant vemos ela com um uniforme militar, mechas cor-de-rosa e asas de fada. E mais tarde na sua fase Opheliac aliada à Epoca Vitoriana começou a vestir listras preto e brancas, vestidos brancos inspirados na época e corpetes lindos de morrer. Com seu cabelo vermelho, colocava apliques cor-de-rosa e brilhante em forma de maria-chiquinha. Sempre com muito brilho e glamour com um toque obscuro e desgastado; a maquiagem era perfeita, o coração pintado debaixo de um de seus olhos com muito gliter vermelho era um símbolo dos abusos que sofreu na infância e uma referência à personagem Emily de seu livro. Alias temos o coração vermelho presente em tudo. Uns toques de gothic lolita, de dark cabaret, de gótico vitoriano, steampunk, perky goth, fizeram de seu estilo o que é. Agora Emilie está loira e usa tons mais crus, cor-de-rosa, com brilho e dourado envelhecido em seus shows e rumo à meia idade, veste algo mais confortável com tons apagados fora dos shows.

O ursinho Sofredor sempre a acompanhando
Linda e poderosa chegando aos 40.

 

Vida Pessoal:

Emilie Fritzges, nasceu em 
22 de setembro de 1979, em Malibu, Califórnia, EUA. E desde seus quatro anos de idade começou a tocar violino. Super criativa desde criança, que só algo muito ruim poderia querer derrubá-la mas não conseguiu: Emilie sofreu abusos sexuais em sua infância e adolescência(tendo inspirado as músicas I Want My Innocence Back, Gothic Lolita e The Art of Suicide), e por ser muito criativa, usava roupas diferentes, ouvia músicas diferentes dos demais e isso fez surgir o bulling. Seus sintomas de depressão, bipolaridade, insônia começaram a incomodá-la mais ainda nessa fase, portanto, abandonou os estudos na Universidade Indiana Escola de Música para estudar em casa, já que até as autoridades de lá tinham problemas com os gostos de nossa heroína. Ela estudou parte de sua vida escolar e universitária em casa e até que conseguiu lançar um álbum(Enchant) e ser chamada como violinista para vários artistas como Courtney Love em 2004, época que acabou abortando seu primeiro filho por seu medo obsessivo de passar transtorno bipolar aos seus descendentes acabando internada numa clínica psiquiátrica por ter feito isso. Onde teve tentado suicídio varias vezes. E é aí que tudo começa. Sua fase mais obscura com o lançamento do álbum Opheliac e do livro Asylum For Wayward Victorian Girls após ter saído da terrível clinica que tiveram como inspiração seu sofrimento e sua imaginação fértil. Seus pais já não estavam mais lá para apoia-lá, Emilie sempre mentiu sobre eles, talvez por terem deixado-a por sentirem vergonha da filha ou algo assim. Ela tatuou o número de sua ala psiquiátrica em seu braço direito. Pintou o cabelo de vermelho berrante. Assim foi conseguindo conquistar a fama com seu jeito excêntrico de ser ao lado das Bloody Crumpets e deixando a arte tomar espaço de sua história. Quando lançou Fight Like a Girl, Emilie já era bem conhecida, teria feito vários shows, veio ao Brasil pela primeira vez, entrou para o grupo The Devil's Carnival onde conheceu Marc Senter que mudou sua visão sobre homens. Platinou o cabelo e continou seu show. Emilie parece estar mais feliz ao lado de Marc pelo que vemos em suas fotos no Instagram.
 

NOTA:  

Uma linda história de superação e criatividade à flor da pele. Emilie é 100% real, mas bem que sua história daria um filme. Por isso, sou fã dela, tenho camiseta dela e me orgulho disso. Mas ela é apenas inspiração, não tento ser ela não! Diante de meus problemas, penso na história dela e em meus talentos que assim como os de Emilie são variados (: Eu tento usar meus problemas como inspiração em algumas de minhas artes e isso inclui minhas piadas, sempre assisto alguns dos shows dela antes de encenar uma peça de teatro, pois é nela que encontro inspiração. Espero que muitos também façam isso, pois temos que saber aproveitar o máximo que a vida nos proporciona até mesmo nossos erros e tristezas. Fiquem com essa bela lição. Thauzinho. Até a próxima.


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